segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ter Trabalho ou Ter Emprego...o que é melhor?

Vou responder em primeira mão! Ter um trabalho é muito mais gratificante para o homem. Essa afirmativa não se trata de uma opinião unilateral. È uma constatação firmada inclusive pelo filósofo francês Henri Bergson quando escreveu "...O trabalho humano consiste em criar utilidade". Sendo assim entendo que a utilidade é o que nos mantêm na carreira que escolhemos. A melhor coisa para um trabalhador é acordar cedo e ter para onde ir; é sentir que suas ações, suas competências e seus conhecimentos servem para criar ou dar continuidade a alguém ou alguma empresa. Quando temos somente um emprego, estamos somente nos ocupando de algum serviço; porém; quando temos um trabalho temos um objetivo, estamos em movimento e em funcionamento.

Mas com tanta flexibilidade e pouca disponibilidade de tempo; como manter um  trabalho; já que a concorrência é desleal e sua instabilidade equipara-se ao vento?

Hoje em dia dizer que não deu tempo, soa como desculpa, como preguiça ou falta de objetivos. A informação grita a nossa porta e tudo é possível desde que queiramos de verdade!
Épocas atrás estudar era uma dádiva para poucos. A população dentro de uma faculdade era formada por alunos, filhos de ex-alunos bem sucedidos no mercado, filhos de políticos ou filhos de empresários.
Alunos filhos de pais com renda média não tinham oportunidades de participar de uma vida universitária. Era legal o modismo de estar dentro de uma faculdade, sofrer trotes, pagar um mico acadêmico. Mas a realidade financeira de uns era contraditoria para outros.
Num certo momento da minha vida, logo que sai do curso técnico de contabilidade, meus colegas, filhos de empresários, discutiam quais vestibulares iam prestar. Eu, filha de um proletário e uma feirante com 6 filhos, nem entrava na conversa. Eu não tinha o que disputar; afinal faculdade naquela época era 100% presencial e caríssima, o que me deixava ainda mais distante da faculdade. Era mais do que uma questão do bendito “custo da oportunidade”; ou seja; abrir mão de uma coisa para conseguir outra. Era uma questão de não ter como pagar a faculdade. Eu trabalhava de segunda a sexta no escritório de um amigo da família e na feira no sábado e domingo; mas as mensalidades eram bem maiores que meu salário.
Mas eu tive a minha chance. Um belo dia, um cliente da nosa banca de frutas ofereceu para minha mãe a sua bolsa de estudos em uma escola técnica. Foi a glória! Eu não estava na faculdade, mas estava em uma escola técnica. Foi o ápice do inicio de uma bela carreira. Desse dia em diante não parei mais. Somente posterguei o sonho da faculdade, mas não desisti dele.
Dali um tempo, eis que eu soube da Anhanguera de Valinhos, fiz um cadastro e me ligaram informando que uma unidade viria para Taubaté. Esperei montar toda a estrutura e quando iniciou o vestibular, corri pra lá...fiz minha matricula; estudei e me formei!
O próximo desafio foi conviver com certo paradigmas. Passei a conviver com as seguintes exclamações "Curso de tecnólogo não é curso de nível superior". Pois bem; enquanto eu ouvia eu também me mexia; até porque durante meu curso de Tecnólogo em Gestão de RH, a coordenação da Anhanguera esclareceu paulatinamente a todos os seus estudantes o que representava nossa formação no mercado de trabalho. Ficamos tranquilos e acreditamos nessa nova proposta de formação.
Hoje realizo meu sonho como professora, trabalho em uma empresa conceituada,estou cursando dois cursos de pos graduação - MBA e penso o seguinte...Pretendo manter essa minha inquietação pelo estudo até que Deus um dia me pare! Hoje convivo e aprendo com o ensino a distancia justamente porque essa metodologia me permite trabalhar nos meus dois empregos e a abastecer ainda mais o meu currículo.
Digo abastecer no sentido de melhorar cada dia mais minhas competências promovendo sempre o conhecimento contínuo.
Tenho objetivos e um deles é manter meus trabalhos e fugir dos empregos. Gosto da minha profissão porque ela me dignifica. Quero fugir do emprego; porque emprego nada mais é que a troca de um serviço por remuneração; eu quero mais...quero agregar valor a mim e as empresas para as quais eu atualmente trabalho.
Eu tenho força de vontade, tenho sonhos e a possibilidade de crescer mesmo estando dentro de casa.
Por hoje é só!

2 comentários:

  1. Querida amiga, colega de TRABALHO e de pós,
    Adorei a sua postagem, pois como você, me sinto feliz com o meu trabalho e não com o meu emprego! "O trabalho dignifica o homem" frase simples, mas que explica bem esse dilema. Em meu trabalho, como professora, encontro o prazer de passar meus conhecimentos e também, o que considero mais importante, de aprender e ter a consciência de que precisamos estar sempre buscando mais e mais, pois as possibilidades são infinitas.

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  2. Srta. Helena e recém amiga virtual rsrsr, que linda sua postagem, uma história digna de uma mulher sonhadora e batalhadora, me indentifiquei muito com sua história. Obg por me ajudar, te considero minha professora virtual. Desejo todo sucesso do mundo e agradeço a Deus por ter colocado no meu caminho uma pessoa tão maravilhosa como vc.Bjus
    SELENE BARROS - SERRA TALHADA - PE

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